quarta-feira, 21 de abril de 2010

A mulher e o mar (completo april 2010)

Introdução:

O mar vive mergulhado em águas e, através delas sustenta e mantêm várias espécies e formas de vida. A mulher vive mergulhada em suas idéias e ideais e nestes sustenta e mantêm vários tipos de vidas e mundos diferentes. Para cada espécie o mar representa e é uma forma diferente de lidar e tratar. Para a mulher todas as espécies e formas de vida poderiam e deveriam se enquadrar em seus devaneios e desejos. Compreender e entender os dois, seria descobrir totos os segredos e mistérios do universo.

Capítulo 1: Antíteses:

Numa tarde calma e serena caminhava-se pela praia, o mar estava verde como nunca havia estado antes e apresentava-se como se fosse a paz almejada e desejada. Ela aproximou-se da beirada da água, quando derepente uma onda muito forte a jogou longe, para fora da água. A moça olhou e observou o mar por alguns instantes e percebeu que o mesmo estava tranquilo e resolveu voltar e entrar dentro da água. Quando já estava com água pela cintura, olhou ao seu redor e viu que tinha bastante gente dentro da mesma. A tempestade surpreendeu a todos e as ondas encapelaram-se como se houvera um comando para tal. A maioria foi arremessada à muitos metros de distância e, felizmente ninguém morreu. Ela não decidiu se voltaria para pegar uma onda, mas a mesma estava lá.

Capítulo 2: A dúvida

As ondas durante um bom período permaneceram calmas e serenas, até o momento em que uma mulher decidiu se aproximar da água e subitamente as ondas voltaram a encapelar-se e o mar ficou totalmente impenetrável e, a mulher recuou para bem longe dela. Inexplicavelmente o mar voltou a calmaria. A mulher ficou intrigada com a situação e resolveu voltar para a beirada da água, que permaneceu calma. Ela decidiu entrar um pouco para dentro do mar e quando a água atingiu a cintura da mulher, ela pensou que as ondas voltariam a encapelar-se e saiu apressadamente da água. A mente dela permaneceu inerte por alguns instantes, mas logo voltou ao seu estado normal de reviravoltas mentais.

Capítulo 3: As forças:

As ondas continuam no seu ritmo normal e a mulher resolveu voltar para sua rotina. O mar tem além das ondas normais, seus momentos de tormentos que quase nada é explicado e a mulher também tem seus momentos inexplicáveis. A força do mar são suas ondas, que mudam de acordo com suas conveniências e a mulher usa sua alma e, as vezes outros artifícios como forma de transformação que ninguém em sã consciência consegue explicar. A trajetória do mar é impossível de acompanhar e maravilhoso de ver e observar. Por outro lado a trajetória da mulher é um mistério que começa e acaba como uma nuvem que hoje se mostra no Oriente e no mesmo instante aparece no ocidente e, sem que se perceba ela se foi. O mar permanece por séculos e gerações com a mesma beleza e esplendor. Os conflitos que ambos enfrentam são totalmente diferentes e muitas vezes sem explicações. Para saber exatamente como é o mar é preciso viver todos os dias dentro dele e observar cada movimento que ele faz e produz. Segundo os entendidos a mulher entende-se a si mesma e se faz entender apenas com palavras produzidas ou traduzidas através de gestos e movimentos. A mulher na idade medieval foi muito valorizada pelos Gauleses, que as tinham como guerreiras, fato este que provocou algumas guerras e altamente responsáveis pelos seus atos. Estas quando comandante de soldados logravam mais êxitos do que os comandantes do sexo masculino. Os insanos que circunvizinhavam a cidade deles não gostaram de saber que elas estavam sendo valorizadas e partiram para o confronto e infelizmente até hoje não se explica o por quê? Os tais obtiveram êxito e acabaram com a cidade que valorizava suas mulheres. Após este período elas foram inferiorizadas e colocadas como meras serviçais. Neste mesmo tempo o mar serviu de trampolim para que os inimigos impetrassem guerras contra elas e finalmente as destruíssem. Assim a era em que o planeta respirava mais humanidade foi-se e só sobrou a maravilhosa e infinita imensidão do mar.

Capítulo 4: Ondas e fanfarras:

A descoberta da infinidade do mar estava apenas começando e juntamente com a era das grandes conquistas. Muitos povos e nações começaram a utilizar o mar como meio de transporte, não só pelo lado comercial, como também para o transporte de soldados e guerreiros para conquistar outros povos e as mulheres foram deixadas como segundo plano ou como aquela que espera. Mas, uma pergunta ficou fixada no ar e ninguém se atreveu a respondê-la, por quê? Será que a alma da mulher é diferente? Ou estima-se que um ser pensante possa diferenciar-se do outro? Como responder a tais indagações? O poeta cantou: “É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã”. Será que ele próprio vez isso? Porque cantar e falar é fácil, difícil é praticar. Existiu um homem que disse: “Se você tem fé, então mostre pelas suas obras”. Assim, ... foi seguindo o mundo e o mar também seguiu seu trajeto, enquanto o mar aumentava e diversificava sua fauna, a mulher começou a ser vista como mera reprodutora. Neste embate de ondas e fanfarras os séculos passaram e a evolução aumentou as interrogações a respeito de ambos e, não existe meios de respondê-las. Atualmente é possível penetrar um cérebro, mas não é possível entendê-lo. Aprofundando-se no mar pode-se entendê-lo, pelo menos algumas coisas, visto que tais são visíveis. Desta forma a viagem continua e o por quê? Também.



Capítulo 5: Mudança de estratégia:

Penetrou-se na alma da mulher e descobriu-se que ela quer o mesmo homem todos os dias de forma diferente e ela mesma não sabe dizer que forma é esta. Sabe-se apenas que isto provoca inúmeros conflitos e a maior parte deles sem explicações. A mente da mulher quanto mais fundo se penetra menos se entende. O mar é o inverso, quanto mais se aprofundo mais se pode entendê-lo. Parou-se para pensar nas acertativas acima e concluiu-se que seguir o rumo de ambos seria uma solução viável. O mar está diferente todos os dias. Será que isto mexe com a possibilidade da mulher? Será que ela associa o mar como um ser humano? Ou sua mente a faz pensar desta forma? Por outro lado os maiores sábios do mundo inteiro, não existe referencias de uma mulher ter participado de suas vidas. Seria isto um erro? Ou uma virtude? Este fato leva-nos a várias indagações, mas ... o fato mais importante é que as ondas que mar usa para levar algo embora, são as mesmas que ele usa para trazê-las de volta. Será que a mulher e a natureza são tão complacentes assim?


Capítulo 6: Aventuras e desventuras:

A mulher ver o mar, assim como qualquer outro ser, porém ela deseja um no céu, outro na palma de sua mão e outro debaixo de seus pés. As ondas balançam na imensidão azul, que parece verde e, os neurônios dela sibilam de ansiedade por possuir as ondas dele. Ela possui duas pernas que parecem aranha em dia de banquete, que apressadamente correm em direção ao nada e, as ondas sobem e descem nas areias num ritual calmo e sereno, como a dizer: aquieta-te. Mas, ela não consegue parar e refletir sobre as agitações que as levam para um infinito imaginário de aventuras e desventuras. Desta forma a mulher adormece e o seu sub-consciente começa a ruminar aquilo que foi registrado durante o período em que esteve lúcida e a alma suspira por uma onda cada vez melhor e frenética, pois no estágio em que se encontra tudo pode e, quando acorda percebe que o melhor de tudo é apenas um sonho verossímil que o mundo não lhe pode completar. Ela procura uma solução para suas indagações e a única resposta que obtem de si mesma é ... a onda.

Epílogo: Ondas e ondas:

As ondas sibilam, balançam e dançam, assim como a vida segue o seu rumo e, no cérebro humano as emoções e senações falam por si só. Ondas e ondas que vão e vem da mesma forma que o pensamento. Assim a vida cadencia a sua forma própria. Explicar o pensamento seria o mesmo que conseguir desviar o mar de seu rumo, apenas com palavras e pensamentos. Muitos se aventuraram a tentar conquistar o mar e a maioria deles não retornaram para contar a história. A mente da mulher avança numa velocidade assustadora e algumas delas conseguem conduzi-la para algo ou alvos altamente autruistas. As ondas não são iguais ou semelhantes, visto que em cada lugar ou ocasiões elas tem suas caracteristicas próprias e consequentemente pontuais.