quinta-feira, 12 de junho de 2008

O PRESENTE AUSENTE

CAPÍTULO I

Num determinado ponto do universo chamado colônia nasceu um ser muito importante e destemido que está disposto a vencer tudo e a todos, pois ele é um dos escolhidos de DEUS. Será que realmente nasceu? ... Normalmente os seres normais têm afeto para com seus filhos e, naquela época parecia que as pessoas não tinham tal preocupação. Este fato pode ter causado traumas que afetariam a vida adulta do ser, gerando problemas durante um período longo em que ele não reconhecia a presença de Deus dentro de si próprio. Não existe e nem existirá um dedo apontando para este ou aquele ser, visto que o único objetivo da vida é alcançar o nirvana com a certeza da salvação eterna.
Numa paisagem de causar êxtase a qualquer pessoa o tal foi crescendo e se fortalecendo, comendo bastante jaca manteiga, atravessando o rio até a ilha nas costas do pai, esta ilha pertencia a propriedade do pai e fazia parte integrante da vida de todos, e quando não tinha jaca, sempre havia outras frutas como laranja, lima da pérsia, manga, melancia, melão dentre outras. Não existia ou não se tinha conhecimento das brincadeiras modernas como vídeo game ou assistir desenho animado na televisão, mas as brincadeiras eram muito mais saudáveis do que as atuais, pois exigiam um pouco de criatividade pessoal para inventá-las. Ele foi se desenvolvendo e nos primeiros meses de vida já havia a interrogação: existo? Ou não existo? ... Como poderá alguém viver sem respostas para suas indagações? Existe uma formula mágica capaz de satisfazer a todos? Ou cada um tem que buscar respostas em si mesmo para suas dúvidas? ... Dentro de cada ser existe um vazio muito grande e na maioria dos casos este fica atrelado a muitos acontecimentos. A mágoa, o ódio, o rancor e qualquer sentimento negativo nos afasta de Deus e das pessoas que amamos. Muitas vezes pensamos que estamos no caminho certo, afastando do nosso interior certas ou determinadas pessoas e é este fato que nos levam a um abismo. Precisamos pensar e repensar nossas convicções e assim chegarmos a um consenso.
O primeiro passo para melhorar nossa conduta e convivência com nós mesmos é livrarmos-nos das mágoas e os demais sentimentos negativos naturalmente irão desaparecer. Se você ainda tem estes sentimentos na sua vida agora é hora de livrar-se deles, pois todo sentimento negativo nos levam para baixo e nunca vão nos elevar. Quando o vazio quiser sufocá-lo ou qualquer outro sentimento tentar fazê-lo lembre-se que Jesus é o único que pode preencher todo o nosso espaço e trazer a paz que excede todo o entendimento. Todo ser humano é dotado de três partes distintas e, que não se pode dividi-las e cada uma tem a sua função específica. O corpo é a parte visível que poder ser visto e sentido por nós mesmos e pelas outras pessoas. A alma é o fôlego da vida que Deus soprou em cada um para que pudéssemos viver. O espírito é o elo de ligação entre o material e o espiritual e que após a morte permanecerá eternamente vivo. É por isso que vivemos constantemente lutando porque a nossa parte material muitas vezes quer fazer algo e o espírito tenta nos impedir, pois o espírito tem plena consciência do que é certo ou errado e, quando pensamos em fazer algo errado ele entra automaticamente em luta contra a nossa carne, mas infelizmente muitas dessas batalhas são vencidas pela carne. As conseqüências das lutas que perdemos para a carne são sentidas e sofridas pelas três partes e a dor maior e mais sofrida é sentida pelo espírito. Um outro fato intrigante do nosso ser é exatamente o fato do espírito sofrer mais e mais dolorido, pois este sempre luta contra e não consegue ficar livre das conseqüências. Pensando humanamente seria uma incongruência, visto que se pensarmos no fato de uma pessoa falar que vai fazer algo errado e nós avisamos mas, a pessoa faz a coisa errada, a conseqüência do ato da pessoa é só dela e no caso pessoal de cada um a culpa é tríplice. A triconseqüência é muito maior e mais dolorida quando temos certeza que Deus está em nós, pois neste caso a luta do espírito com a carne é muito maior pelo fato de sabermos que alguém veio a este mundo só para derramar o seu sangue em favor de cada um de nós. Imagine a seguinte situação: se você tivesse um filho único e o sangue dele fosse requerido para que os demais seres humanos não morressem. Você entregaria o seu filho para ser morto? ...
A nossa vida é tudo e ao mesmo tempo é nada. Como? Simples. Alguém sabe o dia de sua morte? Tens mágoa hoje? Sabes se haverá tempo para repará-la? Alguém escreveu: “Você passa a vida inteira correndo atrás do tempo e quando nem percebe está na sepultura”. O que você espera da vida? A felicidade é o que está diante de ti, o banquete é servido a todo instante, nós só temos que saber escolher. Viver ou morrer? O que escolhes? Viver não significa estar andando, falando, comendo, trabalhando etc. Tem muitos que fazem tudo isto e estão mortos. Loucura? Não, quando vivemos absortos em problemas e dificuldades esquecemos que a felicidade é aquilo que está diante de nós e ai nos transformamos em zumbis. Certa vez eu estava mergulhado em tantas coisas e, quando eu estava parado num sinal de transito no carro que estava a minha frente tinha uma criança e esta deu um sorriso tão lindo e espontâneo que me fez esquecer tudo e perceber que a felicidade estava na minha frente. Não sejas um zumbi, pois o que somos contagia e transforma o que está a nossa volta. Não mascares ou use uma mascara porque uma poetisa escreveu: “Não importa o que faças para mascarar o teu ser a tua própria face te condenará”. Seja sempre você.



Capítulo II

Chegou-se ao primeiro ano de vida, sem festa, sem presente, sem muito afeto. A partir deste episódio o pequeno ser já não dependia muito dos outros para se locomover, andava com suas próprias pernas, pegava algumas frutas nas árvores, brincava consigo mesmo e sempre voltava à interrogação: sou? Ou não sou? ... Dentro de cada ser humano existe um vazio que só é preenchido com a presença de DEUS. Muitos não admitem este buraco enorme que o acompanha durante toda a sua trajetória, mas tais não conseguem viver sozinhos ou ficar um determinado tempo sem a presença de alguém para conversar.


Os dias meses foram avançado e ele ia brincando com os irmãos e os animais, boi, vaca, galinha, cavalo, paca, tatu, jacaré, peixe, cobra, tudo era natural, menos a interrogação por quê? Para quê? ... Existe alguém que seja auto-suficiente? Precisamos compartilhar as coisas, as experiências, a vida etc. Atualmente os seres humanos petrificaram-se e introspectaram-se [ou seja, quando alguém se aproxima de outra pessoa, já existe o pré-julgamento por quê? ... em muitos casos a pessoa só precisava de uma palavra e o interlocutor abandonou precipitadamente o assunto, sem chance de se obter um diálogo saudável].

Uma das causas do abandono por parte do interlocutor é a arrogância. Algumas pessoas se acham ou pensam que são auto-suficientes. Será? Não existe dentre todos os humanos um que seja. “Aquele que pensa que sabe alguma coisa engana a si mesmo”. Palavras ditas e escritas pelo mais sábio dos homens que existiu na face da terra que se chamava Salomão. Ele foi o mais sábio e inteligente dos homens, e até hoje não apareceu outro igual, mas este cometeu um erro fatal que foi desobedecer a ordem de Deus e as conseqüências foram cruéis em sua vida e pelo registro que consta no livro deu para perceber que a o espírito lutou muito antes dele cometer o erro e mesmo assim o espírito não ficou livre do sofrimento.

Antes a infância era uma saudável e gostosa disposição de viver e deixar os outros viverem, atualmente a mesma infância é uma questão de sobrevivência. A violência era algo que não existia na maioria dos lares e se cultivava a harmonia. O bem foi perdendo espaço para o mal e chegamos ao século XXI com uma carga muito grande de enganos e desalentos. Como mudar? Fácil ... ? Não. Impossível? Não. Basta cultivarmos o amor. Cultivar o amor não é plantar uma semente na terra e sim plantar a harmonia entre os seres humanos. Como fazer isto? O mestre deixou uma recomendação “se alguém lhe der um tapa na face ofereça o outro lado”. Estas disposto a fazer isto? Se a sua resposta é sim você esta no caminho certo e se a sua resposta é não você continua sendo um ser humano normal, mas é preciso haver mudanças e não acontecerá nenhuma mudança se esta não começar dentro de nós mesmos.



Então aconteceu uma mudança, vamos morar em outro lugar. Este referido lugar era o centro da cidade, que não passava de cinqüenta casas e ali o espaço para brincar era menor e as opções também diminuíram, já não tinha o mundo de árvores de antes nem os animais. Falando em animais, na mudança ele veio carregando um caldeirão pequeno de alumínio ao lado do pai e de uma vaca, mas para onde foi esta vaca se a casa era bem menor e não havia pasto para o animal pastar. Nunca mais ouviu-se falar na referida vaca. Na nova casa havia apenas a criação de galinhas e muitos pintos e o ser de apenas quatro anos de idade não entendia o que era um pinto e quase todos os dias torcia o pescoço de um deles e em seguida levava umas pancadas bem fortes e não entendia o porque delas e perguntava a si mesmo: - sou ou não sou?

Após algum tempo aconteceu um acidente, um ser da mesma espécie faleceu devido a um erro do farmacêutico local e a solução encontrada para o pequenino foi mandá-lo para casa de um parente, para passar o dia, juntamente com outro ser consangüíneo. A noite o pequenino voltou para casa, mas estava triste, apesar de não saber exatamente o que havia acontecido ele estava triste e novamente a pergunta em sua mente sou ou não sou?

Depois de mais um tempo o pai fechou o armazém, que havia em frente de sua casa, visto que o comércio não prosperou e o mesmo resolveu ou não teve outra opção a não ser fechá-lo. O tal armazém era importante para o pequenino porque o açúcar quando empredava o pai dava alguns pedaços para ele comer e isto era bom, mas não respondia a interrogação anterior. Havia nesta época uma Senhora muito bondosa que se chama ou chamava Maria de Jesus que lhe ofertava presentes e ele se sentia importante. Porém a pergunta não era respondida.

O tempo seguiu seu rumo, pois o mesmo não pára e algum tempo depois a família mudou-se para outro lugar onde havia uma casa, terra a vontade, um córrego natural e um poço, onde nós pegávamos água para beber, tomar banho e fazer comida, o pequenino não entendia o porque de ter que ir até o poço para pegar água, visto que a água do córrego era muito mais cristalina e a água do poço tinha mais cobra do que água. A vida ficou um pouco mais tranqüila, pois tinha mais espaço para andar, brincar, olhar a natureza, os coqueiros, mas tinha um porém, meio difícil eu e o outro ser tínhamos que levar o almoço do meu pai e de um outro ser que trabalhava junto com ele. Quando tinha que atravessar o pasto era um terror, porque tinha neste pasto um touro que não ia com a minha cara e todas as vezes que ele me via ele vinha correndo para cima de mim e eu tinha que me virar. E a pergunta continuava existindo: - sou o quê? Para quê? Não havia a menor possibilidade de resposta. O cérebro não capitava a menor possibilidade de resposta, os seres de maior idade não abriam a possibilidade de perguntas e ele continuava batendo firme sem uma perspectiva de alguma solução. Neste novo local havia um paiol de milho que eu não gostava de entrar dentro dele por causa dos ratos e às vezes alguém me obrigava a entrar nele para ajudar a debulhar o milho para alimentar os animais.
A comida era sempre simples, mas muito nutritiva. Certa vez apareceu um filhote de gato e eu não me dava muito bem com os animais e acho que eu acabei dando uma pancada no gatinho e este ficou escadeirado vindo a falecer logo em seguida. Neste episódio eu não fui espancado. Talvez o pessoal não tenha descoberto que a culpa era minha. E a pergunta continuou latente em meus pensamentos: o que sou? No way. Meu pai e o outro ser mais velho não tinham muito tempo para conviver com os pequenos, porque eles tinham que trabalhar para poder alimentar a prole toda.
Minha mãe não dava muita assistência para os pequeninos e isto me intrigava mais ainda. A idéia de descobrir o sentido da vida aumentava muito e por muitas horas eu ficava pensativo e aguardando que alguém pudesse chegar de repente e me dar a resposta, mas ela não vinha e o tempo ia seguindo seu rumo. Em determinados momentos eu e o outro ser, que era um pouco mais velho que eu, nos divertíamos com os brinquedos criados por nós mesmos. Fazíamos até bola de pau e muitas vezes esta machucava nossos pés.

A vida seguiu calma e serena, pelo menos, na minha imaginação até que chegou o dia em que resolveu-se viajar para longe, com todos os membros da família, os que sobraram na última residência. A viajem seguiu tranqüilamente até chegar a um local chamado “Morro do Martins”, não se sabe a origem do nome. Este era um lugar com poucas residências e uma trilha pra se subir e descer e finalmente chegamos a uma casa duma tia muito amigável que se chamava Ditinha, o nome verdadeiro deveria ser Benedita ou algo parecido. Esta era irmã do pai e após alguns dias de ajustes arrumaram uma casa para se morar num lugar nem tão alto quanto a casa da tia, mas a dificuldade era a mesma, pois para se conseguir água potável tinha que caminhar muito e trazer a mesma em latas e este trabalho era diário, pois precisava-se do liquido para tudo e tomar banho virou algo cômico, porém trágico, porque antes tomava-se banho no rio com fartura de liquido e agora a coisa foi reduzida à uma lata de mais ou menos dez litros de água e uma vez só por dia. No início foi muito difícil de acostumar-se com a nova realidade e a cada dia apareciam novidades.

Com o advento da revolução as coisas ficaram apertadas e os comerciantes só vendiam um quilo de cada produto para cada comprador e como a família era grande tinha que comprar mais de um quilo de cada coisa e ai a tropa toda ia para as filas dos armazéns. A mistura deste período passou a ser carne seca, esta era a mistura de pobre da época e existia fartura da dita cuja, que era servida no almoço e no jantar. Após comer tanta carne seca fiquei com rejeição estomacal, não sei se isto existe, mas atualmente não posso nem sentir o cheiro que passo mal. A pergunta não fora respondida e a angustia aumentava a cada dia. O impulso da mudança mudou toda a rotina, antes a gente ia para a escola caminhando pelas ruas tranqüilamente e de qualquer jeito, agora tinha que ir sempre acompanhado e vestido dos pés a cabeça. Quanta mudança! A pergunta pairava? No primeiro dia de aula deu vontade de perguntar para a professora, mas esta era uma pessoa totalmente estranha e era a primeira vez que eu a via. Não senti muita firmeza na mesma , mas as aulas continuaram e o aprendizado começou a mudar, pois o ritmo da cidade era outro e o frenesi totalmente diferente. Quem sou? Onde Estou?


Iniciou-se uma nova fase em uma nova escola, cuja direção era de freiras e a disciplina era muito boa, após alguns anos nessa escola, transferiu-se para uma outra escola bem maior e mais complexa que havia diferentes classes e muitas salas de aula além de um espaço enorme para lazer e recreação. Nessa fase existia uma competição entre os alunos de diferentes classes, sempre de mesmo nível, por exemplo todas as classes do lº ano. Quem conseguisse chegar ao final do ano com as melhores notas, ganhava uma medalha de honra ao mérito. Durante esta fase conseguiu-se uma a cada ano. E não demorou muito tempo iniciou-se a fase da pré-adolescência , e começou-se a descobrir a atração pela pessoa de sexo oposto. Foi uma fase muito boa, pois não havia uma ligação direta ou indireta com qualquer garota, apenas existia uma afeição que terminava com uns beijinhos e nada mais.

Responder certas indagações é fácil quando não se vive a realidade dentro de si mesmo. Quando estamos vivenciando as indagações é que percebemos como é difícil respondê-las. A tendência natural do ser humano é falar faça isso ou aquilo, mas não resolve e nem responde as perguntas íntimas. Perguntas estas que nos acompanham até o fim. Algumas destas são respondidas e esclarecidas pela própria trajetória de vida, mas sempre ficam algumas. Fernando Pessoa, famoso escritor português teve mais de quinhentas faces ou mascaras, porém ninguém reconhece uma delas que não esteja atrelada a ele mesmo. Durante o decorrer de um dia ele vivia como se fosse várias pessoas, mas piamente ele tinha muito mais indagações não respondidas do que qualquer outro ser humano. Criar um disfarce ou mascarar-se não responde as indagações e sim criá-se uma fuga momentânea que aumenta muito mais as indagações. Como encontrar respostas para as indagações? Existe UM que disse “clama a mim e responder-te-ei”. Só ele pode responder as indagações. Moisés perguntou qual é o teu nome e ele respondeu “eu sou o que sou”. Muitos tentam ou tentaram nomeá-lo. Particularmente prefiro ficar com “O Senhor dos exércitos o Deus todo poderoso”.


Capítulo III
A etapa do ensino médio foi mais complicada, visto que trabalhava-se de dia e escola a noite, tudo foi correndo aos troncos e barrancos até a conclusão dos estudos e a fase de beijinhos e abraços passou para uma coisa mais séria e complicada, descobrindo-se a realidade dos seres humanos. A pergunta não respondida permaneceu. Quem sou?
Concluído o ensino médio entrou-se na etapa do vou ficar rico e iniciou-se uma série de mudanças, procurando novos trabalhos, novos horizontes, muitas viagens, chegando-se finalmente a uma certa estabilidade trabalhando-se num banco e ai aventou-se a idéia de casar-se e começou a etapa de escolher aquela que seria a ideal companheira para se viver para sempre juntos. Escolhe daqui, escolhe dali, somente as mais belas e formosas, chegou-se a uma que aparentemente era ideal, bonita e formosa, mas esqueceu-se de olhar o interior da pessoa e o casamento começou descendo desde o início, não houve uma evolução para melhor e sim para pior e arrastou-se esta fase por alguns anos até chegar-se ao divórcio.


Após o divórcio voltou-se à mesma pergunta: Quem sou? Não encontrando a resposta voltou-se à fase de escolha, vamos escolher outra que seja ideal, e ai a coisa foi totalmente diferente, pois não existia mais o namoro de beijos e abraços e a coisa já havia evoluído para sexo. Foi um longo período de libertinagem chegando-se a ponto de fazer exame para saber se não havia contraído doença. Mas, a interrogação aumentava cada vez mais e a freqüência era tanta que não se conseguia dormir, passando por um grande período de insônia. Durante muito tempo não se sabia aonde ou para onde ir, chegando-se ao ápice de parar no meio da rua e ficar inerte por alguns segundos sem nenhum raciocínio cerebral. Quem sou? Quem sou? Quem sou? ...

O mundo oferece a facilidade: você vai ter o melhor sem ter que assumir um compromisso sério basta, chegar, pegar e usar. Isto é certo? Não porque nenhum ser humano é objeto, todos têm vida e esperança de encontrar o melhor para si próprio. O maior banquete oferecido pelo mundo é a libertinagem que muitos pensam que foi substituída pela liberdade, mas a realidade não é esta. A libertinagem traz conseqüências e indagações não respondidas e travadas, por causa de brechas abertas e que são usadas contra nós mesmos e uma destas conseqüências e a calcificação de nossa própria consciência. A nossa consciência funciona como um termômetro que sempre que erramos, ela nos avisa, mas com a seqüência de erros o termômetro começa a diminuir a sua eficácia chegando ao ponto de ignorar o erro e achar que aquilo que fazemos ou praticamos é perfeitamente normal. Não existe justificativa para o erro. Precisamos sempre e a todo instante pedir a Deus que nos ajude a ter e buscar a mente de Cristo.

Capítulo IV
Após seis anos vivendo com uma moça resolveu-se separar visto que a mesma quis [nada mais justo] acertar sua vida diante de Deus. Após, mais ou menos seis meses, reencontrou-se a moça e propôs casar-se com ela. Esta respondeu que deveria esperar um pouco. Então, passou-se a fazer um jejum que durou mais ou menos um ano e um mês e o casamento não aconteceu.
Finalmente uma luz chegou no dia 31 de março de 2001, quando decidiu perguntar diretamente ao criador e Ele pela sua infinita misericórdia mostrou-lhe exatamente quem sou e, ...A partir desse dia decidiu-se viver somente para fazer a obra, melhorar o comportamento diante das coisas espirituais. Passou-se a melhorar a conduto diante de Deus e as coisas começaram a fluir. Passou-se a colaborar na igreja.
O passado foi mostrado como se fosse um filme da sua própria vida e percebeu-se que não havia feito nada de útil durante toda a trajetória, e decidiu-se mudar ou tentar mudar a situação. O aprendizado neste episódio foi à resistência criada para certas circunstâncias, principalmente na questão do erro. Refletir sempre antes de tomar certas atitudes, pois a água derramada no chão jamais voltará ao pote. Você pode mudar a tua trajetória de vida? Sim, basta crer que somente Deus é capaz de mudá-la e pedir para que ele [DEUS] mude a tua trajetória.


Capítulo V

Idealizou-se o projeto “Austrália” e colocou-se tudo a venda, casa, terreno, moto etc. Os dias foram passando e as vendas não acontecendo e a pergunta voltou de uma forma diferente: Por que não é permitido que tu vás para Austrália? No way [sem solução]. Agora a coisa ficou pior, pois antes estavas fora dos caminhos do Senhor e agora que procuras seguir os passos do mestre. Por que não acontece?
Após muitas indagações apareceu diante dos olhos algo que parecia real e durante alguns dias foi. Uma moça bonita e simpática e durante alguns dias a coisa foi real, pelo menos aparentemente, até que um belo dia aquilo que era bonito e simpático se transformou em algo amargo e intragável. Foi como se tivesse quebrado um ovo esperando encontrar a clara e a gema e quando este foi quebrado não existia nada estava vazio. Existe alguém assim? Eu não apontaria o meu dedo para ninguém, mas vi algo acontecer comigo que foi real e verdadeiro. Qual é a solução para uma questão destas? Perdoar, assim como Deus nos perdoa ou seja quando ele nos perdoa ele joga os nossos erros ou pecados no mar do esquecimento e esta é a solução para um imbróglio como este. Agora percebeu-se nítida e claramente que o acontecido anteriormente foi só um aprendizado para que atualmente eu possa e procure a cada dia e instante valorizar a pessoa que está ao meu lado e esta é melhor e muito mais real.

Epílogo

As coisas que Deus faz na nossa vida são aos olhos matérias inexplicáveis, pois ele cuida dos mínimos detalhes e o tempo para tudo acontecer é somente ele quem administra, nós não temos o controle das coisas. Foi preciso esperar anos e anos, passar por várias fases de provas e finalmente chegar-se a um estágio onde possa-se dizer: encontrei o caminho, não o paraíso, visto que enquanto viver-se na terra as lutas e provações estarão caminhando lado a lado com cada um de nós, mas hoje tem-se mais certeza e firmeza daquilo que se quer e para onde quer chegar-se.
Encontrar a pessoa certa depende muito mais de dependência daquele que tudo pode, pois ninguém por si só consegue chegar a onde quer chegar, principalmente porque o ser humano é inconstante. Não somos mutantes, mas gostaríamos de ser. É fácil encontrar a pessoa certa? Não. Como encontrá-la? Basta descer do pedestal e dobrar os joelhos e pedir diretamente aquele que tudo pode.























































Introdução

Cada ser humano tem dentro de si algo que ele mesmo não consegue explicar e por este motivo embrenha-se através dos acontecimentos, do tempo e das circunstâncias por uma busca incansável do seu eu. Esta busca está incansável e interminável é presente e marcante em todos os seres humanos. Este fato leva cada pessoa para caminhos diferentes. Algumas pessoas conseguem manter um equilíbrio entre o real e o irreal, já outras vivem o irreal sem perceberem que estão na real.
































































FICHA CATALOGRÁFICA
Santiago, Paulo J.M
O presente ausente / Paulo J.M.Santiago
Cotia – São Paulo: Independente
1.real - 2.irreal. – 3.psicopedagogia

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